quinta-feira, 13 de maio de 2010

Geralmente o que há em minha cabeça não está na cabeça dos outros, nossas mentes são muito diferentes; aliás, todas as pessoas tem diversas opiniões sobre diferente assuntos. Somos diferentes em vários sentidos.

Estava caminhando olhando para o céu, e me deparo com um arco-íris. - O que viria em sua cabeça? - Pensei: Quem estava triste abriu um sorriso. Ao continuar a andar, avisto de longe uma árvore e um banco em baixo; havia uma garota sentada no mesmo. Sentei ao seu lado, ela me olhou e eu sorri. Ela olhava o celular impaciente, batia os pés, deixando a impressão que estava nervosa... talvez esperando alguém ou o tempo passar. Não consegui ver nada em seu rosto que desse pista sobre seu pensamento, e depois de muito esforço, parei de olha-la e me questionei: o arco-íris nao havia funcionado com a garota que nesse momento já havia me deixado sozinha no banco. Eu estava andando a muito tempo para nada, o que será que as pessoas pensam quando vêm uma pessoa como eu, parada olhando o chão? Eu, no lugar deles pensaria que"ela" estava olhando a formiga levando comida para seu aposento, será que elas eram felizes? Estar em um mundo que você é tratada como ameaça não é fácil; será que as formigas sabiam o nosso ponto de vista? Me imaginei como uma formiga, me perdi e me encontrei tentando lembrar aonde estava.
- Puta que pariu!
A campanhia tocou, eu já estava em casa; ele me esperava do lado de fora, o abracei, ele entrou. Sorri, mas ele não estava fazendo a melhor cara de satisfação. Satisfação, pra mim é estar confortável, sentado no sofá com as mãos em cima do colo, eu suponho.

Ele continuava ali, parado feito uma tábua. Segurei suas mãos.
- O que foi?
Ele balançou a cabeça para um lado, e em seguida para o outro lentamente.
- Porra, fala o que foi!
- Eu não sei como falar isso...
- Seja rápido e direto.
Me afastei ao soltar suas mãos e continuei a olhar pra ele; o mesmo já estava movimentando sua mão em direção à nuca.
- Eu gosto de outra pessoa.
E esse era o momento que eu queria colocar minhas mãos no ouvido e cantar "la la la" pois ficar escutando aquilo ali e ter que aceitar tudo era... doloroso.
- A gente faz o que pode. - Disse e me sentei no sofá; não pude evitar a avalanche de pensamentos fazendo furacão na minha cabeça, com uma voz no final me dizendo para ser forte. Já ele, parecia mais aliviado.
- Isso não devia ter acontecido, sabe... eu gosto de você, muito mesmo, mas ela... tem algo que ninguém tem, mas, pera, como eu deixei chegar a esse ponto? Você é perfeita e...
- Mas e aí, já foi atrás dela? - Interrompi.
- Não... eu ainda tenho você, né.
- Estar comigo não te impediu de gostar de outra pessoa, então porque não chegou nela?
Sorri cinicamente e imaginei o que poderia me fazer feliz naquele momento: um arco-íris, isso mesmo, eu quero um arco-íris só pra mim, sem egoísmo. Esqueci que ele estava ali, falando alguma coisa.
-...Eu nunca te traí, eu nunca vou te trair.
-"TE TRAIR"? Você acha que ainda tem futuro? - Saí de mim.
- Só abri meu coração, só quis te dizer a verdade, eu ainda sou apaixonado por você.
Senti vontade de gritar, me manifestar, alguma coisa, que colocasse minha dor pra fora.
- E o que tu vai fazer com essa paixão?
- Bom... você ainda quer ficar comigo?
- Eu não sei o que eu quero. - Ele não poderia me machucar denovo, mas por outro lado, eu também não podia me machucar.

O tempo estava passando devagar desde que ele havia ido embora; não tinhamos conversado mais depois daquilo; minha mente ficou escassa de palavras, e eu não queria mais olhar para meus pensamentos. Tirei meu cérebro da cabeça, procurei pensar em comida. Se eu não poderia ter um arco-íris eu ia encher minha barriga de "nada". E deu certo, passei a tarde ocupada colocando tudo que via pela frente para dentro. Até que o telefone tocou.
"Droga". Meu cérebro já estava lá. E o pior: estava me fazendo pensar.
Em um momento fiquei com medo de atender, mas, logo não aguentava mais aquele barulho infernal.
- Alô? - Nada veio do outro lado da linha. - Quem é?
- Oi, sou eu.
- Er... diz.
- Esqueci uma coisa aí.
- O que foi? - Olhei ao redor procurando a tal coisa, mas não conseguia ver nada devido as várias embalagens de produtos industrializados.
- Você.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ultimamente eu tenho escutado vozes. Não sei de onde elas vêm, mas sei que elas me querem. Sei que elas me querem ao sussurrar no meu ouvido coisas vindo do além. O que elas me falam? Mentiras que são transmitidas como realidade e me confundem.

Seria eu "a escolhida"? O fim do mundo está chegando e dentre muitos estranhos eu fui vangloriada com a função de mensageira? Sai dessa, Clarissa.

O fato é que está muito longe disso ser uma coisa boa; eu não as quero em minha vida de forma alguma. Elas me fazem parecer louca... louca, eu, louca. Seria isso coisa da minha cabeça? Claro que é da minha cabeça, pois elas me perseguem até entrar na mesma. Saiam, vozes... de onde vocês estão! Saiam da minha cabeça e transformem-se em imaginação.
 
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